19:30h
- Fala + lançamento do livro “Ancestralidades”.
Participação de autores do livro, mediação Carlos Melo,
poeta e produtor cultural.
O rapper belorizontino Djonga em sua
música Hat-Trick canta que reunião de preto é um santuário. E quando isso
ocorre em um livro? Seria uma escritura sagrada como a Bíblia ou os Vedas?
Traria o peso de ser um guia de vivências e estético do ser
negro/a e escritor/a nesse território com mais negro depois de África?
A busca por dar espaço editorial a
escritores/as negros/as começada por “Raízes: Resistências Históricas”,
editora: Vienas Abertas/2018,agora precedida por Ancestralidades - Coletânea de
Escritores Negros, Vienas Abertas/2019 pode ser a resposta que sim. Os textos
reunidos dão vazão a busca desses escritores/as a contarem através do verso e
da prosa os modos e jeitos da estética negra contemporânea.
Em Raízes fomos convidados/as a conhecer
as palavras de 20 escritoras negras de diversas regiões do país. Agora 22
homens negros também de diversos estados aportam seus escritores em
Ancestralidades, passando pela prosa e o verso, unidos pela condição de negros,
os quais, sempre retratados como violentos, sem futuros e hipersexualizados.
Escrevem para questionar a branquitude, os desejos do aparato policial do
estado e as ideias das elites culturais, que sempre retrata o negro
escritor como caso raro e às vezes como
pessoa como ator menor da inteligência nacional.
Prefaciado pelo artista plástico e poeta
belorizontino Ricardo Aleixo e com orelha do rap GOG, Ancestralidade traz a
força desses homens negros que resistem pelo fazer poético, conduzindo e
fazendo ofício sagrado de lavrar suas ancestralidade na história da literatura
nacional.
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