domingo, 20 de outubro de 2019


19:30h - Fala + lançamento do livro “Ancestralidades”.
Participação de autores do livro, mediação Carlos Melo, poeta e produtor cultural.
           
O rapper belorizontino Djonga em sua música Hat-Trick canta que reunião de preto é um santuário. E quando isso ocorre em um livro? Seria uma escritura sagrada como a Bíblia ou os Vedas?
Traria o peso de ser um guia de vivências e estético do ser negro/a e escritor/a nesse território com mais negro depois de África?
A busca por dar espaço editorial a escritores/as negros/as começada por “Raízes: Resistências Históricas”, editora: Vienas Abertas/2018,agora precedida por Ancestralidades - Coletânea de Escritores Negros, Vienas Abertas/2019 pode ser a resposta que sim. Os textos reunidos dão vazão a busca desses escritores/as a contarem através do verso e da prosa os modos e jeitos da estética negra contemporânea.
Em Raízes fomos convidados/as a conhecer as palavras de 20 escritoras negras de diversas regiões do país. Agora 22 homens negros também de diversos estados aportam seus escritores em Ancestralidades, passando pela prosa e o verso, unidos pela condição de negros, os quais, sempre retratados como violentos, sem futuros e hipersexualizados. Escrevem para questionar a branquitude, os desejos do aparato policial do estado e as ideias das elites culturais, que sempre retrata o negro
escritor como caso raro e às vezes como pessoa como ator menor da inteligência nacional.
Prefaciado pelo artista plástico e poeta belorizontino Ricardo Aleixo e com orelha do rap GOG, Ancestralidade traz a força desses homens negros que resistem pelo fazer poético, conduzindo e fazendo ofício sagrado de lavrar suas ancestralidade na história da literatura nacional.

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